sexta-feira, 23 de julho de 2010

Um folk bem cru.

"Eu só poderia parar de navegar,
se eu encontrasse um lugar para ficar."

E esse lugar seria "meu porto seguro de pensamento."

A gente tem saudade de quem a gente ama.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Futuro Próximo da Humanidade de Todos os Tempos

Não sei porque corro do tempo. O tempo corre e eu nem vejo.
O hoje passou tão rápido, que até o ontem é mais recente.
Não há como fugir dessa reação em cadeia:
Tudo leva ao nada, aproveite enquanto der.
E, quando não der mais pra aproveitar, deixe que as bactérias façam seu trabalho medíocre de decompor.
Você não irá voltar, não irá pra nenhum lugar melhor, não ficará zanzando por aí como um ser intangível.
Seu cérebro simplesmente desliga, pára de funcionar, e volta a ser o que ele sempre foi:
Um amontoado de átomos sem graça, que não ouvem boa música e muito menos escrevem poesia.

Nem furacões nem tempestades

Só quando a vida precisa de forças pra se manter de pé,
só quando um mero toque lhe faz sentir um apertado abraço.
Quando uma palavra tira a necessidade de uma frase inteira,
e um tenro sorriso humilha todas as lágrimas em volta.
Só quando a brisa mais fraca tira todo o calor sufocante
e quando o menor pingo de chuva molha todo um canteiro de flores.
Só quando um segundo vale mais que uma hora, e UM DIA, mais que meses.
Só assim você estará pronto para dizer que está vivo.
Então, talvez ninguém possa dizê-lo.

Goodbye Blue Sky

Quando contaram para os índios que a chuva era só um fenômeno normal da natureza, eles ficaram aliviados porque não iam precisar fazer mais rituais. Daí chegou um português com um altar e um crucifixo e tirou toda a alegria dos índios.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Intrigas (soneto irregular)

Tempo, que desmascara todas as ilusões,
que ensina a esquecer,
que nos força a ver que viver é envelhecer.

Solidão, que nos força a amar,
que nos assusta ao latejar,
que nos enlouquece ao se mostrar, que rouba o tempo.

O sol, que insiste em brilhar, é que um dia nós estaremos lá
Chuva que cai no chão em um dia cinza,
nos deixando ilhados em nós mesmos,

Tempo, que nos transforma em nós mesmo,
a loucura nada mais é do que nós mesmo
mas com a alma à mostra.

Relógio sem pilhas.

Com o café esfriando na mesa, os dois se esqueciam da hora. Pensaram que o mundo havia parado. Em grande parte devido ao relógio que parara às sete da manhã daquele domingo. Se amaram como se não mais existisse a regra social da missa no domingo, como se aquele dia fosse para os dois se tornarem um só. Ele disse que ninguem é ruim por natureza, mas sim por não ter tempo para procurar a solução melhor. Ela o calou com um beijo e lhe perguntou sobre quem ele falava se não havia mais pessoas no mundo. O barulho do trânsito, que agora teimava em colorir o silêncio, não a fez mudar de idéia.
E assim passaram o dia. Acreditaram que o universo se resumia àquelas quatro paredes. Com a noite veio também a sensação de insanidade, por ambas as partes. Enfim, um domingo ideal se concretizou.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Chega de analgésicos pois já bastam os esparadrapos

Enquanto todo tempo que eu tenho se esvai rapidamente, algo me diz que as coisas estão mais leves. Tudo está se transformando em importantes asas que guiarão todos os movimentos para a emancipação. Se ela vai voar comigo? Não sei. Realmente não sei. Tomara que sim.
Uma época, tão próxima do asfalto quanto a época em que dois amigos (hoje três) pensaram nesta distância, está chegando. Alguns desafios foram superados, outros novos foram impostos para deixar as noites menos brancas e trêmulas, pois meu par de asas não pode mais se machucar.
Se ela vai voar comigo? Não sei. Realmente eu não sei. Tomara que sim.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

É, eu já sabia.

Eu só quero saber se, caso eu abra a porta, vou encontrar o velho cheiro de cigarro ou algum novo cheiro de perfume barato.
Se eu me encontrar, no pequeno espelho do chuveiro, vou dar uma risada forte e desligar o telefone. Hoje vou tossir até dormir e me esquecer de tudo o que falaram sobre as cortinas.
Ligaram o som, cantaram uma música e essa é a nova vida que surge, não só em mim. Em todas as frestas da grande pequena cidade sem lixeiras: o sobe e desce do vagão do trem, lá de longe, me transforma em alguém que eu sonhava ser e nem vi quando me tornei.
Me tornei o que sempre fui, porque não tem como fugir dessa pequena tortura que é tentar ser eu e conseguir.
Abraço o Seu João, e nem quero saber do Rei.

sábado, 10 de julho de 2010

Looser, Nenem e Belezinha

Sei que foi próximo de 3hrs da manhã.
Não entendia porque tanto alvoroço... nem entendia porque queriam companhia
Não entendi porque se esfregavam e brincavam todos espalhafatosos pra nos mostrar...
Fizeram barulho e algazarra.
Nenem, a mais conhecida por mim era o centro das atenções
Atraiu aqueles dois que de toda forma à tentavam
Loser, não é loser a toa, ELE É LOSER!
E Belezinha, o mais novo dos 3 corria e se abanava...
Não queria nada além com Nenem, apenas brincar...
Mas uma coisa me assustou
Por algum motivo eles sabiam meu caminho.
De verdade.